Novo Hamburgo: BCU Brasil promove bate-papo sobre coleta de células-tronco de cordão umbilical
Novo Hamburgo: BCU Brasil promove bate-papo sobre coleta de células-tronco de cordão umbilical
publicado 17/11/2011 às 16:59 - Atualizado em 18/11/2011 às 10:08
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Mônica Neis Fetznermonica@novohamburgo.org (Siga no Twitter)Em encontro com a imprensa, médica explicou como é feita a coleta, quais as doenças que podem ser tratadas com a técnica e destacou a importância deste procedimento. .
Instalado em Novo Hamburgo desde maio deste ano, o escritório hamburguense do BCU Brasil, franquia do maior banco de células-tronco de cordão umbilical da América Latina, reuniu a imprensa para um bate-papo nesta quinta-feira, dia 17, no hotel Union.
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O Portal novohamburgo.org esteve lá para conferir as explicações da médica Adriana Ribeiro Homem, responsável técnica do BCU. Ela esclareceu dúvidas e enfatizou a necessidade de maior divulgação de informações sobre a técnica e as vantagens por ela proporcionadas.
“Falta conhecimento para médicos e mamães entenderem o quanto é importante”, salientou Adriana. “É preciso educar os médicos novamente. Eles não podem falar sobre o que não sabem, porque podem provocar a perda da única chance de cura de uma certa doença ao não indicar a coleta das células-tronco.”
As células-tronco retiradas do cordão umbilical e posteriormente congeladas por tempo indeterminado são adultas. Diferentemente das embrionárias, explicou Adriana, “se não fizerem bem, não causarão nenhum dano”. A médica também destacou que os brasileiros são pioneiros em pesquisas com estas células e demonstrou, com uma boneca, como é feita a coleta (foto) – um procedimento indolor feito, em Novo Hamburgo, por uma equipe de enfermeiros do BCU.
TRATAMENTOS – A terapia com este tipo de célula pode tratar mais de 80 doenças do sangue (como linfoma, que acomete o ator Reynaldo Gianecchini), paralisia cerebral e autoimunes (aquelas em que o organismo ataca a ele próprio, como diabetes tipo 1 e lupus). Também possibilita a reconstrução de quaisquer tecidos danificados, e em um curto período de recuperação. Um paciente com insuficiência cardíaca foi citado como exemplo por Adriana: seu tratamento com células-tronco custou R$ 20 mil e a recuperação levou três semanas.
Isso é possível porque existem produtos que estimulam as células-tronco a se tornarem o que for necessário – como pele, sangue e ossos. “Elas são células inteligentes. É como se tivessem um radar, que encontra o local que precisa de reparação”, compara a médica. No caso da diabetes tipo 1, o tratamento deve ser feito em até duas semanas após o diagnóstico, porque neste período ainda existem células vivas para que as células-tronco as “copiem”, e o corpo volte a produzir insulina.
Opções e legislação
O uso das células coletadas em um banco privado, como é o caso do BCU Brasil, é diferente daquele realizado em bancos públicos. Na primeira situação, o armazenamento é feito para que a própria pessoa que teve as células coletadas (ou seus familiares) as utilize. Já a pessoa que necessitar das células-tronco de banco público dependerá de uma compatibilidade para seu uso, ou seja, terá que enfrentar uma fila de espera, porque o material, quando coletado, é doado.
Durante o encontro, Adriana mencionou a necessidade de mudança na lei que trata das células-tronco, (RDC 153, publicada pela Agência de Vigilância Sanitária – Anvisa). Uma das regras impostas pela legislação é a obrigatoriedade de armazená-las em quantidade não inferior a 500 milhões de células-tronco.
“Eu, particularmente, discordo”, opinou a médica. “Para o tratamento da insuficiência cardíaca [citado anteriormente], por exemplo, não foram usadas mais do que 100 milhões de células. Se eu tivesse só 200 milhões, eu não jogaria fora.”
Outras informações podem ser obtidas pelo e-mail rs.novohamburgo@bcubrasil.com.br ou pelos telefones (51)3035-2800 e (51)9875-2150.
FOTOS:
Mônica Neis Fetzner / novohamburgo.org
ilustrativa / megauberlandia
fonte / extraído: novohamburgo.org/site/destaques/2011/11/17/bcu-brasil-promove-bate-papo-sobre-coleta-de-celulas-tronco-de-cordao-umbilical/