Família doa rins de menina vítima de bala perdida em Manaus

22/02/2012 17:39

 

 

Esta é a primeira vez em que é realizado no Amazonas, um procedimento de doação de órgão de uma pessoa morta, cujo doador é uma criança

 

Um dos rins da menina Wellen Frances Barbosa da Silva, 12, vítima de uma bala perdida, na última sexta-feira (17), deverá salvar a vida de um paciente renal crônico. A intervenção cirúrgica teve início na manhã desta quarta-feira (22), no Hospital Santa Júlia, localizado na Zona Centro-Sul de Manaus, e os procedimentos, de acordo com a médica coordenadora estadual de transplantes, Leny Passos, deveriam se estender até à tarde.

Esta é a primeira vez em que é realizado no Amazonas, um procedimento de doação de órgão de uma pessoa morta, cujo doador é uma criança.

A família de Wellen Frances autorizou a doação de órgãos, mas apenas os rins puderam ser retirados, uma vez que o tiro que atingiu a vítima foi na cabeça, o que comprometeu as córneas, impossibilitando as mesmas de serem aproveitadas.

Em 2011, informa a médica Leny Passos, 12 pacientes renais crônicos foram beneficiados com este tipo de doação, e a expectativa é a de que o número aumente, a partir da conscientização das pessoas em autorizar a doação de órgãos, bem como a maior capacitação de profissionais para atuar no procedimento de retirada do material.   

“O nosso desafio é aproveitar mais órgãos, estamos realizando várias parcerias e convênios para treinar os profissionais e habilitá-los para a retirada de órgãos”, explica.

Segundo ela, a intenção é a de que dentro de um ano e meio o Amazonas já esteja realizando os transplantes de fígado e de coração, a partir de doadores mortos.

Ainda conforme a coordenadora estadual de transplantes, outro desafio é ajustar com o Ministério da Saúde a doação do órgão - caso não haja um paciente no Amazonas -, para algum Estado próximo, já que o procedimento deve ser feito em tempo hábil.   

Triagem
Nesta quarta-feira apenas um dos rins de Wellen Frances seria transplantado a um paciente renal crônico, explica Leny Passos.

"Como o doador era uma criança é necessario que haja uma triagem nos pacientes, para identificar quem poderá recêbe-lo. Um dos critérios neste caso é a idade, o paciente deve ter até 30 anos de idade", salienta.

O transplante do outro rim da menina, informa Passos seria decidido pela equipe médica ainda nesta quarta-feira, após o procedimento cirúrgico realizado pela manhã. 

Fonte: 

https://acritica.uol.com.br

 


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