DIRETO DO RIO DE JANEIRO: BANCOS APELAM POR DOAÇÃO DE SANGUE!
Com o período de Carnaval se aproximando, as atenções se voltam também para os bancos de sangue, que são sempre muito requisitados neste período. O problema é que, na passagem de um ano para outro, há uma queda considerável nas doações, o que pode colocar em risco o atendimento a pacientes que venham a necessitar de sangue num dos períodos mais críticos do ano. Em Barra Mansa, o Hemonúcleo divulgou, na semana passada, que teve uma queda de 30% no estoque no mês de janeiro. O banco de sangue fica na Rua Pinto Ribeiro, ao lado da Santa Casa de Misericórdia.
Apesar das seguidas campanhas de doação, os bancos de sangue enfrentam um sério problema: a maioria das pessoas não se sensibiliza com a questão ou simplesmente tem medo de doar, o que faz com que o número de doadores tenha crescimentos quase insignificantes. Assessor técnico do Hemonúcleo, Flávio Marcos Simões reconhece a falta de informação e ressalta que todo o material utilizado na coleta é descartável, não oferecendo riscos à saúde do doador. Antes da coleta, o doador ainda passa por uma análise médica e um pré-exame de sangue que detecta se está apto a realizar a doação. Nesse procedimento são analisados quadros de anemia, hepatite, hipertensão, uso contínuo de medicamentos e os requisitos básicos para doação, que são ter idade entre 18 e 65 anos(menores de 16 e 17 precisam de autorização dos responsáveis) e pesar acima de 50 quilos.
"Os doadores passam por uma triagem, são avaliados por um médico e informados sobre o procedimento de doação de sangue que, ainda hoje, envolve muitos mitos como, por exemplo, o de que mulheres não podem doar por causa do ciclo menstrual. Outro esclarecimento é com relação a quantidade de sangue coletada, que pode ir de 350 a 450 mililitros, o que não prejudica em nada o organismo do doador", esclarece, informando ainda que 70% dos doadores cadastrados em Barra Mansa são homens. Estes podem doar sangue a cada três meses e mulheres, a cada quatro.
Outro mito é de que para fazer a doação é preciso estar de jejum. É justamente o contrário. A única restrição é a alimentos gordurosos, que devem ser evitados nas quatro antes da doação. Há também muitos relatos de pessoas que só descobriram a importância da doação que tiveram algum parente ou amigo passando por dificuldade para conseguir determinados tipos de sangue.
Em Volta Redonda, onde a situação não é muito diferente, a Guarda Municipal está reeditando uma forma que encontrou para reforçar o estoque do banco de sangue do Hospital São João Batista. Desde o ano passado, a corporação passou a realizar uma gincana, que envolve não apenas os membros da corporação, mas também associações de moradores e outras entidades, como as filantrópicas ligadas à Smac (Secretaria Municipal de Ação Comunitária). Batizada de "Gincana Sangue Azul", a campanha visa a estimular a doação, que, em 2011, levou 400 doadores ao banco de sangue em um mês.
Este ano, a iniciativa - criada para comemorar o aniversário da Guarda Municipal, que transcorre em 9 de fevereiro (nesta quinta-feira) - vai até o final de março e os vencedores serão conhecidos no dia 4 de abril. No primeiro dia da gincana, a constatação feita pelo guarda municipal Freitas, o primeiro a doar, comprova que muitas pessoas não colaboram porque desconhecem como funciona a iniciativa. "Nunca tinha doado antes. É uma experiência que vai acrescentar muito na minha vida, pois vou me tornar um doador constante", garantiu Freitas, que está na corporação há apenas quatro meses. Da mesma forma, outros que foram incentivados à doação poderiam chegar a mesma conclusão. Mas isso ainda não tem sido fácil.
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