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Cadastro é feito com informação de dados e 10 ml de sangue para análise de compatibilidade |
Nesta Semana de Mobilização Nacional para Doação de Medula Óssea, de 14 a 21 de dezembro, o Hemocentro de Marília computa pouco mais de cem mil cadastros de candidatos a doadores. O número é considerado positivo, mas o banco de sangue mudou o foco das campanhas a partir de 2011. Não há mais cadastramentos externos, visando à adesão consciente.
O Hemocentro iniciou o cadastramento em 2004. Nos primeiros anos, apenas duas vezes por semana porque as amostras de sangue tinham que ser analisadas na Santa Casa de São Paulo. Depois passou a ser diário, com a análise de compatibilidade feita em Marília.
Muitas campanhas externas foram realizadas pelo Hemocentro para aumentar o número de voluntários junto ao Redome (Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea), já que as chances de compatibilidade entre candidatos a doadores e pacientes são mínimas.
No entanto, desde o falecimento da estudante de enfermagem da Unimar (Universidade de Marília), Luana Neves Ribeiro, em 4 de julho deste ano, o Hemocentro local mudou a estratégia. A jovem morreu em Ribeirão Preto durante a preparação para doar a medula a uma criança carioca.
“Essa fatalidade foi devido ao erro médico, não em função do transplante, que nem tinha começado quando ela morreu. Mesmo assim afastou muitas pessoas do cadastro para doação de medula óssea”, mencionou a assistente social do Hemocentro, Dayane Galletti.
Segundo a assistente social, a partir de então o Hemocentro decidiu não cadastrar mais os interessados em espaços fora do banco de sangue, como bancos, supermercados, escolas e shoppings, o que era uma prática comum até então.
“Nosso objetivo é que a pessoa nos busque com consciência dessa atitude e tenha tempo de compreender a segurança do procedimento (transplante), caso haja compatibilidade”, considerou Galletti. A compatibilidade é rara, mas mesmo assim pode ocorrer, por isso o voluntário deve estar ciente de que ao se cadastrar está se colocando a disposição do transplante para salvar uma vida.
Os pacientes que estão na lista de espera não têm outra alternativa para sobreviver e nem encontraram compatibilidade entre familiares, daí a torcida para achar um candidato compatível. Apesar disso, quando o transplante é possível o voluntário tem o direito de mudar de idéia ou seguir adiante.
Mesmo não havendo compatibilidade, os dados dos candidatos ficam arquivados para cruzamento de informações com futuros pacientes. O Hemocentro fica na rua Lourival Freire, n. 240, Fragata (ao lado do Fórum). O telefone é 3402-1850. O horário de funcionamento é das 7h às 18 horas de segunda a sexta-feira e das 7h às 12h aos sábados.
FONTE: www.jornaldamanhamarilia.com.br/noticia/11143/Semana-de-Mobilizacao-computa-cem-mil-cadastros/